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Rural Sábado, 08 de Maio de 2021, 15:54 - A | A

Sábado, 08 de Maio de 2021, 15h:54 - A | A

Produção Agrícola

Estiagem aumenta a incidência de larvas na safra de milho

Praga pode reduzir em 13% a produtividade das lavouras

Lethycia Anjos
Capital News

Divulgação/Embrapa

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Colheita de milho

A instabilidade climática que atinge algumas regiões produtoras do milho segunda safra no Brasil, podem afetar a produtividade e ocasionar prejuízos aos produtores rurais. Uma das principais preocupações é o aparecimento da larva alfinete (Diabrotica speciosa), que ocorre com maior incidência durante período de estiagem devido a falta de chuvas. 

 

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a larva alfinete é considerada uma das piores pragas subterrâneas do cultivo, quando ocorre alta infestação, as perdas na lavoura pela larva podem variar entre 10% a 13%. 

 

Estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apontam que a produção do milho safrinha pode ultrapassar 82 mil toneladas, volume 10% maior que na safra anterior. Contudo, os danos gerados pela larva podem ocasionar prejuízos significativos aos produtores. O período de tempo seco e chuvas irregulares, ocasionaram atraso na colheita da soja e afetaram o desenvolvimento da semeadura, principalmente na região centro-sul e Brasil Central, problema que pode se repetir na colheita do milho devido a instabilidade climática.

 

Agrônomo de desenvolvimento de mercado e especialista da empresa química e farmacêutica Bayer, Paulo Garollo explica que a larva ataca diretamente o sistema radicular  das plantas gerando danos que impactam a produção do grão. "Toda a estrutura da planta vem da sua raiz e se ela é danificada, como acontece com o ataque da diabrótica, o produtor acaba perdendo produtividade, porque ela vai absorver menos nutrientes e recursos hídricos. Neste período inicial, a praga adulta oviposita nas raízes nodais que ficam escondidas sob o solo e após eclosão das larvas, que ocorre em 6 a 8 dias, perfuram, penetram e se alimentam destas raízes, tornando o cultivo debilitado e mais suscetível aos períodos de estiagem, como nesta safra", ressaltou via assessoria.

 

Paulo Garollo destaca que os danos à plantação só é constatada pelo agricultor no momento em que uma ventania provoca o acamamento do milho, ou seja, quando a planta tomba por não possuir raiz para sustentação, dificultando o controle da praga. " Solos mais escuros, ricos em matéria orgânica, são favoráveis para a incidência da diabrótica, principalmente após a colheita da soja. As larvas apresentam coloração esbranquiçada e cabeça de coloração marrom escura, por isso são chamadas de larvas alfinete. O manejo eficiente da praga deve considerar outras estratégias associadas ao controle químico, como a adoção de tecnologias com proteína Bt específica contra esta incidência", explicou o especialista.

 

Nessa perspectiva a biotecnologia VT PRO3, desenvolvida pela empresa Bayer, destaca-se como alternativa para o controle da larva alfinete no milho safrinha. "A semente apresenta duas proteínas voltadas à proteção da raiz do milho contra o ataque da larva de diabrótica e contra as principais pragas aéreas que atacam as folhas, colmo e espiga da cultura. A biotecnologia oferece tolerância ao glifosato, possibilitando um manejo eficiente das plantas daninhas", afirmou o especialista da Bayer.

 

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