Terça-feira, 23 de Abril de 2024


Rural Sábado, 18 de Setembro de 2021, 15:51 - A | A

Sábado, 18 de Setembro de 2021, 15h:51 - A | A

Investimentos

Em 11 anos, agronegócio investiu mais de R$ 12 bilhões em áreas agrícolas de MS

Recursos foram destinados a conversão de áreas de pastagens em áreas agrícolas

Lethycia Anjos
Capital News

Divulgação/Famasul

Em 11 anos, agronegócio investiu mais de R$ 12 bilhões em áreas agrícolas de MS

Pecuária em MS

Mato Grosso do Sul segue se destacando na implementação de ações conservacionistas e de baixo carbono,que contribuem para a mitigação de gases de efeito estufa, entre elas destaca-se com o uso da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Conforme a Famasul, ao longo de 11 anos, o ILPF viabilizou a transformação de 3,6 milhões de hectares de pastagens em áreas produtivas, gerando investimentos de aproximadamente R$ 12 bilhões, considerando os recursos necessários para implantação de grãos e florestas plantadas. 

 

Dados do Departamento Técnico do Sistema Famasul, obtidos a partir da pesquisa encomendada pela Rede ILPF, mostram que o estado superou 2,5 milhões de hectares com sistemas de integração e ocupa a primeira colocação entre os locais que adotam essa estratégia de produção.

 

Analista técnica da Famasul, Eliamar Oliveira destaca os benefícios do processo. “O resultado positivo no uso dos sistemas de integração se dá porque Mato Grosso do Sul fez a expansão de sua produção agropecuária baseada na conversão de áreas. A produção agrícola cresceu em áreas anteriormente ocupadas por pastagens. Tal mudança no uso e ocupação do solo tem sido o grande motor econômico do estado, ao mesmo tempo que tem garantido o cumprimento das metas ambientais para o MS e Brasil”, afirmou.

 

“Para se ter uma dimensão dos impactos econômicos, essa transformação injetou na economia do Mato Grosso do Sul algo em torno de R$ 12 bilhões ao longo desses 11 anos, tendo em vista os recursos necessários para implantação da soja, cerca de R$ 4,9 mil por hectare, e do eucalipto, aproximadamente R$ 4,5 mil por hectare, sobre áreas de pastagens”, ressalta Eliamar Oliveira.

 

Durante a Conferência das Partes (COP), realizada em 2009, em Copenhague, o Brasil se comprometeu em diminuir a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE). Para efetivar a meta foi instituída a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e em 2011 foi aprovado o Plano Setorial de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC).

 

Plano ABC é constituído por sete programas, são eles a Recuperação de Pastagens Degradadas; Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs); Sistema Plantio Direto (SPD); Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN); Florestas Plantadas; Tratamento de Dejetos Animais; e, Adaptação a Mudanças Climáticas.

 

A partir da implementação de programas de ILP e ILPF, o setor agropecuário brasileiro obteve 13,8 milhões de hectares com esses sistemas, o que gerou resultados 344% maiores que os 4 milhões de hectares propostos no Plano ABC. Por meio dessas tecnologias foi possível reduzir  52,1 milhões em emissão de t CO eq, o que representa um índice 290% maior ao estabelecido no Plano.

 

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