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Polícia Quinta-feira, 30 de Março de 2023, 12:52 - A | A

Quinta-feira, 30 de Março de 2023, 12h:52 - A | A

Alvos de Operação

Traficantes que enviava cocaína para Europa pela fronteira de Mato Grosso do Sul são alvos de operação

Operação Hinterland teve início em março de 2021

Elaine Oliveira
Capital News

Divulgação/PF

Traficantes que enviava cocaína para Europa pela fronteira de Mato Grosso do Sul são alvos de operação

Também são executados os sequestros de 87 bens imóveis

Um grupo criminoso que movimentou mais de 17 toneladas de cocaína que entrava no Brasil através de Ponta Porã, com destino a Europa é alvo da Polícia Federal nesta quinta-feira (30).

Os agentes cumprem 17 mandados de prisão preventiva e 37 mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Amazonas e Rondônia, e em Assunção, no Paraguai.

Também são executados os sequestros de 87 bens imóveis, 173 veículos, uma aeronave, bloqueios de contas bancárias vinculadas a 147 CPFs e CNPJs, 66 bloqueios de movimentação imobiliária de 66 pessoas físicas e jurídicas e a proibição de expedição de GTAs (Guia de Trânsito Animal) por quatro investigados, totalizando a execução de 534 ordens judiciais.

Com as medidas executadas, a descapitalização da organização criminosa poderá chegar a 3,85 bilhões de reais, valor estimado das transações ilícitas identificadas durante o período da investigação.

Divulgação/PF

Traficantes que enviava cocaína para Europa pela fronteira de Mato Grosso do Sul são alvos de operação

Foram dois ano de investigação

 

A Operação Hinterland teve início em março de 2021, a partir de informações recebidas pela Polícia Federal de que 316 quilos de cocaína haviam sido apreendidos na cidade de Hamburgo, na Alemanha, em dezembro de 2020, a partir do Porto de Rio Grande.

De acordo com a Polícia Federal, a investigação indicou que a droga produzida na Bolívia era remetida para o Brasil por um fornecedor paraguaio e ingressava no país por Ponta Porã/MS.

Posteriormente, a cocaína era transportada em caminhões até o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e armazenada nas próprias empresas da organização criminosa ou em depósitos próximos aos portos de Rio Grande e Itajaí. A droga era inserida em cargas regulares com a intervenção e coordenação da alta administração das empresas de logística, sem o conhecimento dos contratantes, proprietários das cargas lícitas (normalmente de insumos que poderiam mascarar a droga quando submetida aos controles alfandegários). Já no continente europeu, o grupo comprador do entorpecente, furtava a parte da carga regular que continha a cocaína, para distribuição em diversos países da Europa.

Em dois anos de investigação, foi comprovado que a organização criminosa movimentou 17 toneladas de drogas que tinham como destino a Europa, sendo que 12 toneladas foram apreendidas.

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