As investigações do assassinato de Lídia Meza Burgos, de 18 anos, dentro do presídio Agrupación Especializada, em Assunção, revelou falhas de segurança da penitenciária, considerada a mais segura do Paraguai. A jovem foi morta pelo traficante Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, com 53 facadas.
Conforme o Ministério Público (MP) paraguaio sobre o crime, que baseou a denúncia feita pelo MPF brasileiro contra Piloto, no mês passado,onde mostrou que nenhum agente ou funcionário da cadeia ouviu ou viu a execução da jovem, que a cela do traficante ficava a 10 metros da recepção do quartel, com guardas de plantão, além de informar que Marcelo não era observado quando recebia visitas e por último algumas câmeras de segurança do local sequer funcionam, demonstrando que há falhas no sistema de segurança.
O crime foi a última tentativa de Piloto para tentar impedir a extradição, porém não deu certo e no dia seguinte ele foi expulso pelo presidente da República Mario Abdo Benítez e levado para o Presídio Federal de Mossoró (RN).
O soldado Blas Gómez, da Companhia Antimotins, segundo o jornal Extra, foi um dos primeiros a entrar na cela, disse que Piloto usava uma camisa da seleção brasileira toda ensanguentada quando os agentes chegaram ao local. Na cela, os agentes apreenderam “facas de cozinha e pratos e copos de vidro, que, em teoria, são proibidos na cadeia”, segundo o agente. Por conta da falta de segurança, foi o próprio traficante quem “alertou” os agentes após o crime batendo na porta da cela.
Lídia tinha sido contratada por ele através de um catálogo virtual de garotas de programa, antes de matar a jovem, o traficante fez sexo com ela, segundo a investigação. Em julho, a juíza Caroline Figueiredo, da 5ª Vara Federal Criminal do Rio, decretou a prisão de Marcelo Piloto pelo crime.