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Rural Sexta-feira, 04 de Maio de 2018, 12:12 - A | A

Sexta-feira, 04 de Maio de 2018, 12h:12 - A | A

MAPEAMENTO DO SOLO

Mais de R$ 3,27 milhões são investimento em zoneamento agroecológico

Mapeamento reúne informações de áreas de exploração agrícola sustentável para 17 culturas e indica mais apropriada

Esthéfanie Vila Maior
Capital News

 

Néia Maceno

Mais de R$ 3,27 milhões são investimento em zoneamento agroecológico

O segundo termo aditivo para realização do estudo foi assinado pelo secretário da Semagro e representantes da Embrapa

Mais de R$ 3,27 milhões estão sendo investidos na última etapa do Zoneamento Agroecológico de Mato Grosso do Sul (ZAE-MS). O objetivo é fazer o mapeamento do solo de toda extensão territorial, permitindo a indicação das culturas mais apropriadas para cada região e subsidiando políticas públicas de desenvolvimento sustentável. 

 

O zoneamento agroecológico é um dos quatro projetos estruturantes de fomento ao agronegócio apresentados na última semana pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro). O investimento é realizado com recursos do Fundo de Desenvolvimento das Culturas do Milho e da Soja de Mato Grosso do Sul (Fundems).

 

O segundo termo aditivo ao Convênio de Cooperação Técnica e Financeira para realização do estudo foi assinado pelo secretário da pasta, Jaime Verruck; o diretor de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Cleber Oliveira Soares; e a chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Solos, Petula Ponciano Nascimento.

 

“Poucos estados têm uma base de dados para a caracterização de superfície de solo em escala de 30 cm. Será em cima dessas bases que Agraer [Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural], Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária] e Uems [Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul], vão caracterizar e ampliar essa segunda fase do ZAE e a análise de 46 municípios na Bacia do Paraná”, comentou Cleber Soares.

 

Nesta etapa, serão mapeados 46 municípios localizados na Bacia do rio Paraná, o que correspondem à área 142.500 quilômetros quadrados. Nas duas etapas anteriores o mapeamento foi feito em 33 cidades da Bacia do rio Paraguai, onde foram apuradas as aptidões agrícolas de cada região e produzidos três mil páginas de estudos técnicos e mais de 600 mapas.

 

“Essa terceira fase, na Bacia do Paraná, onde temos um problema de erosão muito complexo, vai permitir, por exemplo, fazer programas mais adequados de conservação de microbacias. Por isso, a importância de um projeto estruturante como esse, para proteger o solo, fazer o zoneamento adequado, estabelecer aptidões e restrições nesse solo para que a gente consiga ter um planejamento de longo prazo na produção agrícola”, afirmou Jaime Verruck.

 

O pesquisador da Embrapa Solos, Silvio Behring, explicou que, com o zoneamento, será possível orientar o uso sustentável da terra, dando opções ao agricultor e facilitando o planejamento. O zoneamento vai reunir informações sobre as áreas passíveis de exploração agrícola sustentável para 17 culturas, entre grãos, frutíferas, agroenergéticas e florestais, considerando os aspectos legais, as restrições ambientais, os solos dominantes, o potencial das culturas, as condições climáticas, além dos aspectos geoambientais da paisagem. O levantamento, permite o planejamento de uso e ocupação das terras de forma sustentável e a diversificação da exploração agrícola no Estado. 

 

Adicionalmente, será gerado um amplo acervo de dados e informações ambientais, em particular de solos, que serão disponibilizado à sociedade. 

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