Desde abril, o Hospital Regional de Ponta Porã (Dr. José de Simone Netto) retomou as realizações de cirurgias eletivas que estavam paralisadas desde 2015. Os pacientes, casos não urgentes e com agendamento prévio, precisavam antes ir a Dourados ou Campo Grande.
De acordo com a assessoria, no local estão sendo realizados nove tipos de cirurgias: hérnia inguinal; hérnia umbilical; hérnia epigástrica; hérnia incisional; colecistectomia (retirada da vesícula); histerectomia; perineoplastia (cirurgia para correção da região genital da mulher) e oforectomia (retirada de um ou dois ovários).
As solicitações são feitas pelas secretarias municipais de saúde dos municípios da microrregião, mas é por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde de Ponta Porã e do Sistema de Regulação (SISREG), que os pacientes são encaminhados para o pré-operatório e para o Hospital.
O diretor do Hospital, Dr. Mario Cesar Bitencourt Madureira, comemorou a retomada e disse que esse tipo de cirurgia evita as emergências. Para ele, a fila de espera vem diminuindo com o fluxo rápido de encaminhamento.
“Falar em cirurgias eletivas agendadas no serviço público é investir hoje para deixar de fazer algo às pressas ou muitas vezes, mais caro e com mais riscos para o paciente amanhã, ou seja, quando operamos uma hérnia, ou uma vesícula eletiva hoje, deixamos de fazer esses procedimentos quando os pacientes estão com esses órgãos inflamados causando muitas dores”, afirmou.
O médico Silvio Roberto Rocha Antunez, cirurgião geral, médico do trabalho e especialista em ultrassonografia, explica que a fronteira tem uma particularidade – as patologias de vesícula são muitas no Hospital devido à alimentação dessa região. “Temos uma comida preparada com muita gordura, por isso há muitas cirurgias em pacientes que sofrem devido à presença de cálculos e pequenas pedras na vesícula. A abertura desses procedimentos tem melhorado a vida de muitos pacientes”.
Para voltar a realizar os procedimentos, o hospital recebeu recentemente 42 novos instrumentais cirúrgicos para complementar e montar novas caixas cirúrgicas. Anteriormente havia apenas cinco caixas para atender todas as demandas de cirurgias do Hospital.